sábado, 1 de outubro de 2011

Popularidade de Dilma



A anunciada "faxina" em setores do governo com focos de corrupção pode ter sido um dos fatores que elevou a popularidade da presidente Dilma Rousseff de 67% em julho para 71% em setembro, disse nesta sexta-feira o gerente-executivo da unidade de pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Renato da Fonseca.
Pesquisa do Instituto Ibope encomendada pela CNI aponta que a aprovação da presidente Dilma Rousseff chegou a 71%, quatro pontos percentuais acima do último levantamento, datado de julho. O índice de desaprovação da chefe do Executivo caiu também quatro pontos, alcançando o patamar de 21%.
"Essa postura (de faxina) foi passada e noticiada, e as pessoas começaram a captar e ajudaram a presidente a recuperar aquela queda. Os fatores mais relevantes foram a corrupção. Em julho, só se falava de corrupção do lado da corrupção em si. Agora aparece também quando a pessoa falava da faxina. Ela conseguiu, dentro do episódio de corrupções que surgiram nos três ministérios, virar um pouco o jogo e trazer coisas positivas para o governo. Provavelmente isso foi um fator importante para fazê-la crescer na pesquisa", comentou Renato da Fonseca.
As denúncias de corrupção e irregularidades envolvendo os ministérios dos Transportes, da Agricultura e do Turismo, que culminaram que a demissão dos ministros Alfredo Nascimento (PR-AM), Wagner Rossi (PMDB-SP) e Pedro Novais (PMDB-MA), foram o assunto mais lembrado pelo eleitorado no mês de setembro, informou nesta sexta-feira pesquisa Ibope encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Fraudes, desvios e a suposta arrecadação indevida de dinheiro nessas três pastas foram citados por 19% dos entrevistados.
A prometida "faxina" contra a corrupção na administração pública aparece na segunda colocação entre os assuntos mais lembrados, com 13% das menções.
A margem de erro da pesquisa CNI/Ibope é de dois pontos percentuais. O levantamento foi realizado dos dias 16 a 20 de setembro com 2.002 pessoas em 141 municípios.

domingo, 25 de setembro de 2011

O PT e a democratização da comunicação, no blog do inaldo‏

Nada é mais caro ao PT do que a democracia e seus valores. Está em nosso DNA, em nossa história, em nossa razão de ser e de existir.
Os que ainda não compreenderam isso precisam olhar com mais atenção para o que se passou no 4º Congresso Extraordinário do Partido dos Trabalhadores.Lá aprovamos, entre outras, uma moção sobre a democratização das comunicações. O debate de relevo, para o qual todo o partido estava focado, no entanto, era a reforma estatutária, motivo da convocação.
Nem nosso mais ferrenho opositor poderá ignorar o grande exemplo de democracia. Criamos regras que ampliam a participação de mulheres, jovens e negros na vida partidária e limitamos o número de mandatos consecutivos para deputados e senadores petistas.
O PT governa o país há nove anos com ampla aprovação do eleitorado; cresce nas prefeituras e nos parlamentos; é o preferido da população nas pesquisas, além de servir de referência para a atuação da esquerda internacional.
Por que então mudar o estatuto? Porque o PT é um partido vivo, democrático, aberto, que tem cúpula dirigente, mas faz a discussão na base -a palavra final vem dos filiados. Os delegados do congresso foram eleitos por voto direto por mais de 500 mil petistas.
Um partido assim não pode ser acusado de autoritário. Os que dizem essa bobagem não conhecem a sigla, não sabem o que significa autoritarismo ou buscam, autoritariamente, criar falsas polêmicas para interditar o debate.
A democratização das comunicações é pauta antiga na legenda. Temos posição consolidada a respeito dela.
Produzimos uma resolução sobre o tema no 3º Congresso, em 2007. Em 2008, fizemos a nossa Conferência Nacional de Comunicação com debates e a presença de líderes petistas e de representantes de movimentos.
Em 2009, participamos da conferência nacional convocada pelo governo Lula.
A moção não brotou da cabeça de meia dúzia de déspotas interessados em cercear, censurar a imprensa, nem surgiu porque algum membro do PT foi atingido de maneira vil pelo noticiário. Ela nasceu de uma construção democrática, e em nada fere direitos como a liberdade de imprensa e de expressão.
Imaginar o contrário disso é uma ofensa não só à história mas também à inteligência dos petistas e dos brasileiros de forma geral.
É impossível controlar a livre circulação de informação num regime democrático, ainda mais em tempos de internet. E nós, mais do que ninguém, somos os últimos interessados nisso.
Quando falamos em regular a mídia, nos referimos a criar condições para que a informação deixe de ser controlada por meia dúzia de famílias, a serviço de poucos interesses. Quando defendemos o Conselho de Comunicação, falamos em cumprir o que determina a Constituição desde 1988.
Entendemos a comunicação como um direito. Estamos na luta para que esse direito se estenda a todos os brasileiros.
E queremos debater o tema, ainda que isso não seja do agrado dos que se apropriam do discurso democrático para impedir o avanço da democracia no Brasil.
*André Vargas é secretário nacional de comunicação do PT e deputado federal pelo Paraná

Acreditar na vida sempre!!!